sábado, 8 de maio de 2010

A infância e a adolescência em tempos antigos

O ciclo biológico da espécie humana, ou seja, sucessão de fases da vida desde o nascimento até a morte, distingue-se de outros primatas. O nosso processo de desenvolvimento compreende etapas bem distintas, como infância e a adolescência.

Do ponto de vista biológico, é interessante refletir sobe como e quando sugiram a infância e a adolescência. Durante décadas, houve um intenso debate sobre se os hominídeos mais antigos teriam um ciclo biológico semelhante ao do chimpanzé ou se, pelo contrário, já haviam adquirido um padrão de desenvolvimento semelhante ao do ser humano atual.

Hoje se aceita que o Australopitecus tinham um ciclo biológico similar ao do chimpanzé. No entanto, permaceceu durante anos a incógnita de quando surgiu o padrão de desenvolvimento totalmente humano e como isse se relaciona a outras mudanças ocorridas durante a evolução.
A aparição de uma fase infantil pode ter surgido há quase 2 milhões de anos na linha evolutiva que conduz à nossa espécie. A infância é um período longo, que começa aos 2anos e termina quando se encerra o desenvolvimento cerebral, por volta dos 7 anos.
Esse período é essencial para que a criança, com seu cérebro em pleno desenvolvimento, obtenha uma considerável quantidade de informações das situações ao seu redor. Os pais, por sua vez, devem reservar uma grande quantidade de tempo e energia no cuidado de seus filhos. Isso pode parecer pouco vantajoso, mas essa crescente dedicação fez com que aumentasse a coesão social, fator essecial na sobrevivência de grupos.
A adolescência deve ter sugido há mais de 1 milhão de anos no Homo e representa uma grande transição à fase adulta, em que os indivíduos aprendem , entre outras coisas, a ser pais de fato.
Em definitivo, acredita-se que o gênero Homo tenha adquirido, há nada menos que 800 mil anos, as caracteristica presentes em um ciclo biológico tão longo e completo quanto o nosso.


Castro, José Maria Bermudez de & Rosas, Antônio. A infância primitiva.
Suplemento Mais!, p.11. Folha de S. Paulo, 18/04/1999. (Texto adaptado para fins didáticos.)

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